MONET, Claude. Women in the garden. Óleo sobre tela, 1866. Paris, Musée d’Orsay
Como se mostra nessa tela de Monet, as saias foram ficando mais rodadas e o efeito desejado era obtido usando-se um grande número de anáguas.
Seu peso acabou intolerável e foram substituídas pela crinolina, que era o tecido feito de crina de cavalo mesclado ao algodão ou ao linho e que tinha propriedades rijas e flexíveis ao mesmo tempo.
A obtenção do enorme e cônico volume das saias era devido ao uso de uma armação de aros de metal chamada de cage (gaiola).
“Num recorte antropológico, a crinolina certamente possuía uma relação simbólica com a época em que floresceu. Simbolizava a fertilidade feminina, como um aumento do tamanho aparente dos quadris parece sugerir. Essa foi uma época de famílias grandes e, uma vez que a taxa de mortalidade infantil não era tão alta quanto em épocas anteriores, a população da Inglaterra cresceu rapidamente. Em outro sentido, a crinolina era um símbolo do suposto distanciamento das mulheres. A saia rodada parecia dizer que os homens não podiam se aproximar, nem para beijar a mão da mulher. Mas é claro que esse distanciamento era uma grande enganação. A saia rodada era um instrumento de sedução”.[1]
[1] LURIE, Alison. A linguagem das roupas.
Deixe seu comentário:
Que acha das mulheres de hoje em dia, voltarem a usar esse tipo de saias?
Você também acha que esse distanciamento era uma enganação?